Porque será tão importante não ter apego aos resultados?

Na sequência da partilha "Como ajudar um jovem antes de uma competição",  gostaria de acrescentar algo que considero importante no que diz respeito aos concursos.

Num concurso há jurados. Jurados com gostos, valores, perceções e experiências de vida completamente distintos uns dos outros. Jurados que se expressam e se emocionam de diferentes modos, perante diferentes atuações. Jurados que, tal como nós – porque somos todos humanos –, têm uma sensibilidade e uma forma de estar muito própria.

Num concurso há muitos participantes. Todos também diferentes uns dos outros. Com uma história de vida que só eles sabem contar, sonhos prestes a voar… e que têm dias melhores e dias piores, como qualquer um de nós. Porque somos todos humanos.

Por isso, nunca sabemos bem o que vai acontecer numa competição deste género. Até podemos imaginar... mas não vale a pena criar expectativas, pois cada atuação é única, e cada momento à sua volta também é único. Assim como cada concurso é único, com regras muito próprias.

E se em algumas competições cativamos a atenção de um ou mais jurados, noutras isso pode não acontecer. Daí a importância, na minha opinião, do “treino do não apego aos resultados”...

O mais importante é que, no momento da nossa atuação, o trabalho do dia a dia, a dedicação, o empenho, a força de vontade, o entusiasmo, o foco… e as aprendizagens que se vão acumulando se evidenciem de algum modo.

E, mesmo que haja uma falha ou um momento menos bom, também estes devem ser aproveitados para o crescimento do artista. Porque fazem parte.

Quanto ao prémio... quando vier... será MARAVILHOSO!!! Seja um sorriso gigante na face dos familiares ou dos professores; seja uma reação positiva do público, que feliz e contente aplaude com entusiasmo; seja um comentário simpático e incentivador de um ou mais jurados; seja uma medalha, uma taça, um convite de trabalho ou um prémio monetário!

Eu acredito nas recompensas – que surgirão mais tarde ou mais cedo – para aqueles que trabalham bem e são persistentes!

Acredito também que devemos ser genuínos na arte de representar a nossa ARTE...

E é assim que tudo irá correr bem!…

Vale a pena pensar nisto!

Com um abraço amigo,

Manuela Mota Ribeiro